sábado, 16 de maio de 2009

Um Sonho com Demônios

O cenário era um prédio, desses com mais de 10 andares, bem antigo, as paredes dos corredores altas, como se fosse de um casarão antigo...

Caminhávamos meu irmão e eu em direção ao elevador, o corredor era longo... E o elevador não chegava. Ao lado havia um pequeno elevador, desses que são utilizados para carregar roupas sujas, que sem motivo algum abriu, e dentro estava meu travesseiro... E eu não entendia, o que meu travesseiro fazia lá?

Meu irmão o pegou, atrás do travesseiro havia várias outras coisas que eram fuçadas por ele... Eu dizia: - Não mexa! Essas coisas não são suas. – Mas era a mesma coisa que nada.

O elevador se abriu, de dentro saiu uma bela mulher, muito bela mesmo, que vinha em minha direção. Mas alguma coisa estava errada, ela não era normal, algo estava errado, eu sentia... Ela se aproximava. Eu recuava. Ela chegou na minha frente e eu lhe acertei uma de direita bem no meio de sua cara, ela cambaleou para trás e se firmou em pé. Em seguida dei outro golpe, ela cambaleou novamente e pela terceira vez apliquei outro soco... Ela foi em direção ao chão e antes de atingi-lo, a bela mulher se transformou em um demônio... Vermelho, chifrudo, com asas compridas... Estilo "O Rapto do Menino Dourado"...

Levantou vôo. Gargalhava, tirando sarro da minha cara.

Nesse momento não estávamos mais no prédio, e sim em uma igreja, uma gigantesca catedral, vazia, cercada de janelas com vitraux. Eu estava sozinho, em frente ao altar. O demônio gargalhava e voava em círculos... Veio em minha direção me atacando... Eu de costas para o altar não pensei duas vezes, ao se aproximar acertei-lhe com a direta, ele cambaleou no ar, deu meia volta e me atacou. Acertei-o de novo, mas não desistia e me atacou pela terceira vez e pela terceira vez o acertei... Tombou desacordado... Desapareceu!

Mal o havia vencido e surge outro, voando e gargalhando, me atacou... Como um déjà vu, o acertei três vezes e ele tombou... Desapareceu!

Como um déjà vu, outro surgiu e após três golpes... Tombou... Desapareceu!

A catedral escura, sinistra... Surge o quarto demônio... Mas há algo errado, assim como havia com aquela mulher no elevador, aquele demônio era diferente dos outros três... Voou em minha direção, me preparei para acertá-lo, mas quando apliquei o golpe me senti sem forças, meu golpe não tinha força, acertei-o, mas não fez efeito... Ele gargalhava, como quem tira sarro do adversário mais fraco. Atacou-me mais duas vezes, o acertei nas duas vezes, mas não surtiu efeito.

Nesse momento ele paira no ar em cima do altar. Após gargalhar, olhando nos meus olhos, declamou com sua voz demoníaca:

– Chegou a tua hora!

Eu estremeci, senti o medo, o desespero tomar conta de mim, meu coração batia mais forte, mais rápido, sentia que o fim tinha chegado.

Ele olhava pra mim, eu olhava nos seus olhos, no auge do meu desespero, um estalo... Tudo mudou... Um grande alívio, uma calmaria tomou conta de mim como se eu soubesse o que estava por vir.

Olhei para ele e as palavras saíram da minha boca como se eu soubesse o que estava acontecendo:

– Eu acho que não!

E nesse momento senti meu corpo se transformando contra minha vontade (eu estava calmo), senti asas crescendo nas minhas costas, senti chifres crescendo na minha cabeça... Acima de tudo, eu estava calmo.

Os papéis se inverteram. Quem estava desesperado agora era o demônio, eu estava... Calmo.

Ele olhava pra mim, eu sentia o seu medo e ouvia suas súplicas:

- Não, por favor... Não, MESTRE?!?!

Eu sorri, fixei o olhar nele, e ele...

Explodiu no ar!

Eu estava calmo, tinha destruído o demônio só com um... OLHAR!

Eu era o mestre dos demônios... Mas estava calmo.

Isso não me assustava... O que me assustava era o fato de eu ter...

GOSTADO!